Biografia Até os dois anos de idade, Raquel não sabia o que era um lar. Seus pais, hoje falecidos, eram andarilhos e, para cria-la, contavam com a solidariedade dos moradores do bairro. Pessoas como o casal Bernadete e José Hilário da Silva tentavam melhorar as condições de vida da criança. A atenção dispensada fez com que a mãe de Raquel convidasse Bernadete para ser madrinha do bebê e, mais tarde, permitisse que ela a adotasse. Nos primeiros meses, Bernadete percebeu que havia algo de diferente na menina. O diagnóstico veio por um exame de audiometria: perda quase total da audição. Desde os três anos de idade, Raquel usa aparelho auditivo e freqüenta, semanalmente, com a fonoaudióloga Rosane Teixeira Fontes. Sua limitação permite que ela entenda apenas parcialmente o que é falado em tom normal de voz. Isso possibilitou que ela estudasse em escolas regulares. Paralelo a essa luta, suas habilidades para o desenho chamavam a atenção dos pais que a matricularam no Atelier Livre – uma escola de artes municipal. Em pouco tempo o talento da menina encontrou a técnica da artista plástica Elisabete Belotto. Com aulas em seu atelier particular, Raquel substituiu o lápis e o papel pelos pincéis e telas. Elisabete conta que, em uma das atividades propostas, a jovem tinha que retratar uma menina de pele clara, mas as cores usadas por Raquel a tornaram em uma garota negra. Hoje, homenagens e convites para participar de exposições e palestras fazem parte do seu dia-a-dia. Para a platéia, Raquel costuma deixar uma mensagem de esperança. |
Belissimas obras da nossa querida e talentosa artista plástica hamburguense. um exemplo de superção e atitude, tanto dela como da sua família que a acolheu com muito amor.
Raquel e sua mãe Odete |
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