domingo, 13 de março de 2011

Artista plástica hamburguense Raquel da Silva







Pinturas de guerreiros, crianças e mulheres negras de olhos tão ativos quanto de sua criadora, habitam um pequeno atelier nos fundos de uma casa simples, no bairro Primavera, em Novo Hamburgo. As obras da jovem artista são referência na comunidade negra. Raquel nunca saiu do Brasil, mas uma de suas telas já percorreu cerca de 40 países ilustrando o material de divulgação da IV Conferência Internacional de Luteranos Negros promovida pela Escola Superior de Teologia (EST), em outubro de 2005. Foi aluna da artista plástica Elisabete Belotto. Há dois anos, vem tendo aulas com Christina Maquart. Em 2004 e 2005, Raquel da Silva expôs no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no Centro Administrativo Leopoldo Petry e no Hiper Unidão, em Novo Hamburgo. Seu trabalho não se restringe às telas. Em 2007, criou várias fantasias de carnaval para a escola de samba Sociedade Cruzeiro do Sul. Sua obra inspirou o tema enredo "Arte que vem da África".

Biografia

Até os dois anos de idade, Raquel não sabia o que era um lar. Seus pais, hoje falecidos, eram andarilhos e, para cria-la, contavam com a solidariedade dos moradores do bairro. Pessoas como o casal Bernadete e José Hilário da Silva tentavam melhorar as condições de vida da criança. A atenção dispensada fez com que a mãe de Raquel convidasse Bernadete para ser madrinha do bebê e, mais tarde, permitisse que ela a adotasse. Nos primeiros meses, Bernadete percebeu que havia algo de diferente na menina. O diagnóstico veio por um exame de audiometria: perda quase total da audição. Desde os três anos de idade, Raquel usa aparelho auditivo e freqüenta, semanalmente, com a fonoaudióloga Rosane Teixeira Fontes. Sua limitação permite que ela entenda apenas parcialmente o que é falado em tom normal de voz. Isso possibilitou que ela estudasse em escolas regulares. Paralelo a essa luta, suas habilidades para o desenho chamavam a atenção dos pais que a matricularam no Atelier Livre – uma escola de artes municipal. Em pouco tempo o talento da menina encontrou a técnica da artista plástica Elisabete Belotto. Com aulas em seu atelier particular, Raquel substituiu o lápis e o papel pelos pincéis e telas. Elisabete conta que, em uma das atividades propostas, a jovem tinha que retratar uma menina de pele clara, mas as cores usadas por Raquel a tornaram em uma garota negra. Hoje, homenagens e convites para participar de exposições e palestras fazem parte do seu dia-a-dia. Para a platéia, Raquel costuma deixar uma mensagem de esperança.
 Fonte: http://www.raqueldasilva.com.br





Belissimas obras da nossa querida e talentosa artista plástica hamburguense. um exemplo de superção e atitude, tanto dela como da sua família que a acolheu com muito amor.




Raquel e sua mãe Odete


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